Uma senhora estava com uma garota adolescente e um menino, e como minha mãe parou para conversar com uma conhecida,
minha tia e eu nos afastarmos e esta família passou em nossa frente. Olhei para a garota, para a senhora
e depois para a criança e quando iria desviar o olhar sua mãe agressivamente gritou:' é um ET? '
Me sentir sem chão pelo fato de eu ter sido acusada de uma coisa que nem sequer passou pela minha cabeça, pois foi após o tempo de olhar para a criança e ter ouvido o que sua mãe falara, que meu cérebro cogitou a informação de que o menino possuía uma deficiência ocular.
Fiquei totalmente sem reação. Pois simplesmente não esperava por aquilo.
Logo eu, uma defensora de que a igualdade entre as pessoas significa conviver com as diferenças...
Não sabia nem o que dizer, muito menos o que fazer,
se é que se pode dizer ou fazer algo nesta situação que me encontrava.
Isso me leva a pensar que algumas vezes, o preconceito em certas situações não existe mas
pelo fato de estarmos acostumado com ele, o vemos em qualquer lugar ou com qualquer pessoa.
Esquecemos que nesse mundo, existem pessoas que olham para todas as outras da mesma forma; que um simples olhar desviado, uma risada, uma cara feia ou uma palavra dita de forma errada não significa que ela está olhando,
rindo ou falando da sua deficiência ou de algo que você tenha incomum. Muito menos que ela deva parar de olhar,
rir de uma piada que lembrou, ou não ter o direito de estar com uma expressão emburrada por talvez estar de mal humor pelo
simples fato de que alguém leve isso seriamente para o lado do preconceito.
Igualdade para todos!
Antes de tentarmos eliminar o preconceito do mundo, devemos o eliminar de dentro da gente.
Porque nem sempre ele existe, mas nós na nossa fragilidade ou até ignorância, fazemos com que ele nos domine.
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